Este "relato" é uma continuação de "Na Floresta de Bambu"
Anônimo postou no 2chan em 25:25: 30/06/2001 (sáb) 23:29
Fui eu quem postou "Na Floresta de Bambu"...alguém, por favor, desminta essa mentira.
No fim de semana retrasado, voltei para casa sozinho, completamente bêbado, no meio da noite, por um caminho diferente do habitual. Esta rota era uma estrada secundária da escola que eu frequentava quando era criança, e eu não a usava há algum tempo.
Havia uma fábrica do outro lado do rio. No momento em que vi a fábrica, fiquei um pouco assustado, mas não tinha pensado nos detalhes daquele incidente horrível. Percebi que só conseguia ver a luz fraca da fábrica. A floresta de bambu havia sido destruída.
Desde o incidente, uma dúzia de anos atrás, eu não tinha ido àquela floresta, nem sequer passado por ela, como meu amigo havia aconselhado. Bem, parece que minha memória estava distorcida. Em circunstâncias normais, eu teria ficado bem se tivesse fugido o mais rápido possível, mas eu estava bêbado.
Acho que tenho um estranho senso de missão, sou estúpido. Havia uma velha ponte de concreto para o outro lado, e não sei o que eu estava pensando, mas eu a atravessei.
Em minha turma do ensino fundamental, todos testavam a coragem naquele local. Antes do incidente, eu a tinha visto de longe. Agora que sou adulto, parecia pequena de fora. Aproximei-me e percebi que havia uma coisa parecida com uma samambaia crescendo em uma cerca ao redor do perímetro. Minhas pernas estavam bambas, mas pulei a cerca e entrei na floresta de bambu.
Acho que não fiquei encantado com nada. Havia muita grama, era viçosa e estava escuro como breu lá dentro. De qualquer forma, fui em direção à luz externa da fábrica. Havia uma cabana bem ao lado. Não dava para ver de fora...Essa cabana eram realmente misteriosa.
Eu nem conseguia acreditar que ela ainda estava lá. Então talvez a mãe de O...
Inconscientemente, juntei as mãos em oração. Eu deveria ter parado por aí, mas pensei em entrar na cabana. Contei (ou escrevi?) essa história para várias pessoas, então não posso mais me considerar um completo estranho.
Precisava dar uma olhada lá dentro para clarear a mente. Era o que eu achava... talvez. Mas acho que bêbados não sabem tanto assim.
A entrada era uma porta horizontal de madeira que estava destrancada (era estranhamente pesada, embora a cabana estivesse realmente em ruínas). Abri caminho com dificuldade e dei uma olhada lá dentro. Estava escuro como breu dentro da cabana, e eu não conseguia ver nada no começo.
Não caí, mas cambaleei e continuei a adentrar. Às vezes, batia em algo duro com os pés. Não consegui ver nada por um tempo, mas senti que conseguia avistar algo... Notei um número incomumente grande de estátuas de Jizo espalhadas aqui e ali dentro da cabana.
Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo
Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo Jizo!
Meu coração batia tão forte. Por um momento, pensei que Jizo estivesse observando tudo ali! Reparei que as estátuas estavam direcionadas para um ponto aleatório da sala, mas...
Não há nada lá!? Não há nada naquele espaço, pensei. Porém, logo acima daquele local, uma corda. Era tão grossa que parecia que uma pessoa poderia se pendurar nela. E eu podia facilmente imaginar o que estava lá...!
Estava me sentindo enjoado por causa da embriaguez e dos calafrios, foi quando realmente pude ouvir uma vozinha dizer: "Mãe?"
Virei-me sem pensar, e lá, bem na entrada da cabana, estava O, com a mesma aparência de antes!! Os olhos redondos de O estavam tão distorcidos que eu quase conseguia ouvi-los, e então... eu entendi. No momento seguinte, O estava falando! Não me lembro bem como saí da floresta de bambu, mas não tive escolha a não ser correr o mais rápido que pude no meu caminho habitual para casa, exausto.
Isso foi há duas semanas. Meus braços e outras partes do corpo estão cobertos de arranhões. Fiquei preocupado, mas pensei que talvez fosse um sonho, então postar aqui seria uma completa perda de tempo.
Vou esquecer isso agora. Alguém, por favor, me dê um argumento racional. Eu chorei muito hoje e recentemente... Bem.
Desculpe, desculpe mesmo.
Fonte: https://nazolog.com/blog-entry-1180.html
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