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quarta-feira, 5 de março de 2025

Lendas: Santa Josefa (parte 3)

    Nono episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. Hoje, se finaliza a lenda de Santa Josefa, através de um rápido resumo das demais versões do relato e algumas curiosidades.

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    Como consta no Museu Municipal, Santa Josefa (originalmente chamada de Maria José) teria vivido na segunda metade do século XIX. E após muitos sofrimentos em vida, teria morrido de forma desconhecida. Existem oito versões principais para o ocorrido.

Versão 1: esta foi trazida na primeira postagem sobre Santa Josefa. Em resumo, a escrava teria reagido às importunações sexuais de seu patrão. Indignado, o mesmo a empurrou para um caldeirão cheio de gordura, usada para a produção de sabão. Josefa foi enterrada ainda viva.

Versão 2: esta foi trazida na segunda postagem. De acordo com o texto, ela teria morrido violentamente pelo patrão ao resistir a seus anseios amorosos. Com o passar dos dias, sangue teria jorrado de sua cova.

Versão 3: trata-se da mais conhecida versão. Nesta, ela foi levada para o pelourinho,  acusada de ter feito algo insignificante e não especificado nos arquivos do Museu Municipal. Anos depois de enterrada, sangue jorrava de seu local de descanso, e seu corpo se encontrava ainda intacto.

Versão 4:  o interesse amoroso do patrão pela escrava, despertou a ira da esposa do mesmo. Esta, então, ordenou que Josefa fosse açoitada até a morte. E assim foi feito. Tempos depois, um braço apareceu erguido na sepultura. Entretanto, o membro não pôde ser dobrado. De acordo com relatos dos mais antigos, seria a alma de Josefa bradando por justiça.




Versão 5: Josefa, que era babá do filho de seu senhor, descuidou-se e a criança levou um pequeno tombo. Apesar de não ter sido grave, o episódio foi suficiente irritar o pai do menino, fazendo com que ordenasse o açoite da escrava. Após as chicotadas, ela foi jogada em um formigueiro. Nele, faleceu, sem que as formigas tocassem o seu corpo.

Versão 6: Josefa, nos arredores da senzala, teria sido enforcada, e seus pés queimados. Razões desconhecidas.


Versão 7: Josefa teria morrido na época de Abolição da Escravatura. A fim de evitar possíveis punições relacionadas à Lei Áurea, os senhores decidiram transferir o corpo da escrava, enterrado na propriedade, para um cemitério. Ao abrirem a cova, o corpo permanecia intacto. Ainda assim foi transportado para o novo local. No entanto, misteriosamente o corpo retornou ao local em que havia sido originalmente sepultado.



Versão 8: Uma moeda de ouro, do patrão de Josefa, teria desaparecido repentinamente. O sumiço foi atribuído à escrava, que foi condenada à morte por chibatadas, mesmo alegando que não havia sido a responsável pelo suposto roubo. Tempos depois, a moeda reapareceu.

Versão 9: Com frequência, Josefa era queimada com cera quente por sua patroa. Numa ocasião, ela tentou dar um basta nisso. Desesperada, fugiu com o corpo em chamas. Não conseguindo ir longe, caiu no exato local onde hoje está localizada a Capela Nosso Senhor do Bom Fim (Capela de Josefa). Acabou por morrer carbonizada no meio do matagal.

Resumo e adaptação do texto de: Marcel Lovato

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    As desencontradas versões a respeito da história de Santa Josefa, tornaram praticamente inviável a sua canonização.
    Como curiosidade adicional, se pode citar o fato de que a equipe de caça-fantasmas do "Visão Paranormal", esteve na capela em sua passagem pela cidade em dezembro de 2012 (segundo link abaixo).




Fontes/Sugestões de acesso:
https://librumsite.wordpress.com/2016/06/16/josefa-uma-historia-de-fe/
https://www.youtube.com/watch?v=pLbp96PnL_k

#lendasurbanas #lendasdecachoeira #santajosefa #cafevideo #visaoparanormal

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Lendas: Santa Josefa (parte 2)

    Novo episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje trata de outra versão da trágica história de uma santa popular, não canonizada pela Igreja Católica.

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    Josefa era uma moça escrava, muito linda e muito religiosa, que pertencia a um rico senhor, em Cachoeira do Sul. Este vivia perseguindo a jovem negra em busca de seus amores. Pura como era, Josefa resistia a tudo, até mesmo diante das ameaças de morte que vinha recebendo.
    Um dia, o patrão enlouqueceu de desejo: botou-se na moça com toda a fúria, mas Josefa fugia e lutava em defesa de sua honra. Vai daí o patrão começou a bater nela, com socos e pontapés, até que Josefa morreu. 
    O homem então, simplesmente mandou abrir uma cova e aí enterrar a escrava virtuosa. Loucos de medo, os outros escravos cumpriram a ordem. Mas - coisa estranha! - com o passar dos dias começou a escorrer sangue do túmulo rústico de Josefa. A terra vertia sangue! Os escravos, primeiro, e outros, depois, deram em acender velas em memória da morta e diz-que o próprio patrão, com o tempo mandou erguer uma capelinha.


    Hoje, bem no centro da bela e imponente Cachoeira do Sul ergue-se a capela da Santa Josefa e atrás, no pátio dos fundos, está seu túmulo. Talvez não verta mais sangue, reconhecida que foi a sua pureza e religiosidade, mas atende os pedidos que lhes fazem milhares de crentes, que vem até de longe. Escrevem bilhetes para a Santa Negra, que deixam sobre o túmulo, apertado por um vaso ou uma pedra.
    O túmulo, mesmo, está sempre limpo e enfeitado. Ao receberem a graça pedida, os crentes colocam placas - inúmeras! no local, cheios de gratidão e fé.
Antonio Augusto Fagundes
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Fontes:
https://gracieladacunha.blogspot.com/2008/03/santa-josefa.html
https://librumsite.wordpress.com/2016/06/16/josefa-uma-historia-de-fe/

#lendasurbanas #lendasdecachoeira #santajosefa #cafevideo #santapopular


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Lendas: Santa Josefa (parte 1)

   Oitavo episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje trata da trágica história de uma santa popular, não canonizada pela Igreja Católica. Abaixo, se encontra uma das versões da lenda.

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    Era a santa dessa raça votada ao sofrimento e à miséria, que o grilhão da cor acorrentara ao cáucaso da ignomínia. Negra e escrava. Eram-lhe condições sobejas de martírio, se lhe não fora a vida perene dor.

    Uma lenda, vagamente sabida, quase esbrumada nos tempos, destaca-a do fundo escuro do passado, com resplandores iriados de santidade. Sofreu muito e o povo canonizou-a. Não teve no cemitério santo um lugar, ou na obscuridade da vala comum um canto; mas ali, junto da cidade, quase dominando-a do alto, cercam-na todas as noites dezenas de velas, erguem-se, de redor de seu túmulo, as plangências litúrgicas das ladainhas na vocação religiosa daquela alma de santa que lá nos céus, piedosa e meiga, estende para Deus os braços impetrando graças divinas.

    Santa Josefa é um símbolo. Entrou na crendice popular nessa época terrivelmente bárbara em que o azorrague (açoite) do feitor abria, na noite profunda da epiderme negra, relâmpagos faiscantes de sangue.

    O martírio deu-lhe santidade. E através de quase um século de adoração, hoje como outrora, todas as noites, os terços intencionais, sob a pálida chama tremulante das velas, sobem de ao pé dela, nas litanias (ladainhas) sagradas de um fervor cultual.

    Contam-se os milagres. O túmulo que cerca a nesga de terra em que seu corpo jaz, e o penhor de satisfeita promessa. Graça nenhuma se lhe pede que a santa piedosamente não venha socorrer. É perante Deus a intermediária do povo. Não só da massa alheia de crendices e superstições, mas até dos cultos, a quem não nega o cumprimento de votos impetrados. Pois há até quem, de longes léguas, mande buscar o sebo das velas que alumiam a Santa, o qual é infalível para reumatismos...

    Quantas vezes na meninice não desfiei padres-nossos junto às gradezinhas do túmulo em que a Santa dorme?

    Venerava-a, sem conhecê-la. Era uma negra que ficou santa, diziam. A lenda feita em torno de seu martírio e de sua morte era e é quase desconhecida.

    Adoram-na pela simples razão de que três gerações já a cultuaram.

    Sua história é simples.

    Josefa era escrava de um tal Costa que morava à Rua Moron, onde reside a família do finado Júlio Rosa. Seu senhor, homem mau, de uma perversidade sem nome, levava dia e noite a maltratá-la.

    Não satisfeito já com as contínuas vergalhadas que marcavam o corpo da infeliz, em uma sexta-feira de Senhor Morto, Costa mandou que ela fizesse uma tachada de sabão. Pronta, não ficando a tachada a seu gosto, atirou-a dentro, queimando-se Josefa horrivelmente. Salvou-se por milagre e quando se pode levantar, em uma das vigas do quarto em que dormia, enforcou-se. Os suicidas não podiam ser enterrados no campo santo e Josefa o foi no local onde hoje se acha o seu túmulo.

    Passados anos um cão, cavando a terra em que ela fora sepultada, descobriu-lhe um braço. Estava mumificado. Corre a notícia célere. O povo acode. É o milagre. A terra não comera as carnes da infeliz: até a terra lhe negava o supremo consolo de consumir-lhe os ossos!

    O povo santificou-a. E ela vem até nós, há quase um século, trazida pela crença onisciente do povo, o seu santificador. As gerações têm passado sobre ela, respeitando-a e venerando-a.

    É para nós, que não temos a ventura de crer, uma tradição simbólica da terra. E amamo-la porque ela será, quando a cidade remodelada e modernizada arrasar os últimos vestígios do passado, o refúgio da tradição cachoeirense, a ara (altar) velha do templo em ruínas do passado em que iremos comungar com essa raça forte, afetiva e infeliz que terá naquele túmulo o pedestal de seu martírio.

    O município acaba de comprar o terreno em que está o túmulo da “Santa Josefa”, a fim de abrir ali avenidas amplas e modernas. Façamos nós, o povo que zelamos tradições, que cremos na “Santa Josefa” uma subscrição popular para erigir-lhe uma modesta capela, de que seja a padroeira a verdadeira Santa Josefa (já que a Igreja não admite a nossa), conservando porém, no fundo dessa capela, aquele pequeno túmulo, com a sua doce simplicidade primitiva de santuário.

João da Ega

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    Texto retirado da edição de 16 de novembro de 1911 do Jornal Rio Grande.

Fontes:

https://historiadecachoeiradosul.blogspot.com/2014/10/santa-josefa-nascimento-da-lenda.html


#lendasurbanas #lendasdecachoeira #santajosefa #cafevideo #santapopular

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Lendas: Casa Assombrada da Marechal Floriano

  Sétimo episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje trata de um dos locais "assombrados" mais populares do município: a casa da rua Marechal Floriano.

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    Muito por ser uma cidade antiga, Cachoeira do Sul possui uma quantidade considerável locais relatados como assombrados ou acusados de gerarem "sensações negativas". Neste cenário, duas casas se sobressaem sobre as outras, o sobrado da Volta da Charqueada e a residência da Marechal Floriano. Esta última, localizada em bairro nobre, pertenceu a ilustres figuras da história do município. O aspecto que mais chama atenção de quem passa por sua frente, além da arquitetura, são seus famosos pavões.Estas míticas aves, guardam um dos locais mais misteriosos da cidade. 


    A residência, que já teve vários proprietários ao longo de sua história, se destaca não só por sua arquitetura diferenciada, mas pelo tempo que ficou trancada. Após o Dr. Orlando da Cunha Carlos, último dono do local, foram décadas trancada. No entanto, na década de 1990, a casa foi vendida para outra família, e precisava ser esvaziada Sendo assim, a filha do doutor reabriu aresidência e convidou integrantes do Museu Municipal e do Acervo Histórico para verificarem a existência de objetos e documentos de valor histórico e com relevancia para estas instituições. 

    Quando chegaram lá, se deparam com o interior da casa, intacto. Toda a mobília e demais itens estavam rigorosamente nos mesmo lugares em que foram deixados, mesmo tendo se passado anos com a mesma trancadaa. Como se a residência estivesse sendo habitada todo esse tempo...

    De acordo com Miriam, pesquisadora da história local, os banheiros mantinham os frascos de perfumes, aparelhos de barbear e outros itens como se os moradores tivessem feito uso deles há pouco e os quartos com os roupeiros guardando todas as roupas, as camas devidamente compostas.

    E como é de praxe, há relatos de vozes e barulhos estranhos vindos da casa. Sem falar nos supostos vultos. Desta forma, a residência ganhou uma má fama de assombrada, gerando a todos que por ela passam, uma ambígua sensação de beleza e mistério.

    Talvez algumas coisas devessem permanecer trancadas....

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Fonte/Sugestão de leitura: 

https://www.revistalinda.com.br/secoes/12/2149


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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Lendas: A Cachoeira

 Sexto episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. Fugindo mais uma vez do tema, hoje se traz a lenda da cachoeira. Mesmo não sendo exatamente um conto de terror, serve como complemento para a série de lendas de Cachoeira.


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    Em risonha aldeia de pescadores, à margem de caudaloso rio, que mais além ia formar uma cachoeira, vivia Elias, guapo e esbelto mancebo, de tez bronzeada e cabelos negros. Amava de todo coração o moço pescador a Clarinha, a mais encantadora donzela do lugarejo, filha do velho David, o qual, sem motivo algum, antipatizava solenemente com Elias, a quem hostilizava, assim como à filha, procurando destruir os laços de afeição que ligavam os dois jovens. A oposição que fazia o pai de Clarinha, longe de arrefecer-lhes o amor, tornou-o ainda mais violento.


Fonte: Museu Municipal de Cachoeira do Sul

    David, apesar de ver malogrados seus esforços obstinava-se em não ceder aos rogos da filha. Não encontrava defeito nenhum no rapaz, que era bom, honrado e trabalhador, mas não queria... porque não queria... Era mera questão de capricho.

    Atingindo finalmente Clarinha a maioridade, impôs ao pai a sua vontade e, como se não quisesse ele submeter, partiu a moça para a casa de seus padrinhos que moravam na outra banda do rio. Todas as tardes, lutando na frágil canoa de cedro com as marulhosas da torrente, lá ia o mancebo cantando alegremente ver a querida noiva.

    Uma tarde a aldeia estava em festa. Naquele dia casavam-se Elias e Clarinha. O sol, ao deitar-se preguiçoso no horizonte, dourava com seus últimos raios as águas encrespadas do rio que iam lá adiante formar a cachoeira. Na canoa ornada de flores, que balouçava na praia, saltou Elias. O vento era favorável, não tinha necessidade de remos, deitou-os no fundo da embarcação e, desfraldando a vela, fez-se ao largo. Ia buscar a noiva. O casamento deveria realizar-se, à noite, na capelinha do lugar.

    Quando o jovem pescador afastou-se com a vela solta ao vento, o velho David, em pé sobre a barranca, rugiu entre dentes: - Maldição!... Vais à vela, miserável!... o vento te protege... Quisera que fosses remando, como é teu costume, porque então havias de ir parar, despedaçado, no fundo da cachoeira... e a minha Clarinha, a minha querida filha não seria tua!... O velho não recuara diante do crime para impedir o casamento. Havia feito vários furos nos remos de Elias para que, assim enfraquecidos, se partissem antes dele atingir a margem oposta.

    Pano enfunado, a canoa do noivo abicava à praia fronteira. Clarinha, que ali o esperava, embarcou. Amainara o vento. Colhida a vela, a embarcação, acompanhada de outra em que vinham os padrinhos da donzela, cortou as águas em demanda da aldeia. Chegando o barco ao meio da corrente, para vencê-la o moço pescador começou a remar com todo o vigor de seus braços fortes. Mas, de repente, empalideceu – acabavam de quebrar-se, um após outro, os dois remos – e a canoa descia o rio, a princípio lenta, depois em vertiginosa corrida. Elias tomou nos braços a noiva que desfalecera e, atirando-se à água, tentou nadar para terra. Baldados esforços. A correnteza o arrastava. Várias embarcações, entre as quais a em que vinham os padrinhos de Clarinha, lançaram-se em socorro. Foi tudo em vão...

    O velho David, de pé sobre a ribanceira, imóvel como se fora de pedra, as mãos na cabeça, o olhar desvairado, viu-os abraçados lá ao longe despenharem-se na cachoeira. E murmurava: - Matei-o... mas matei também minha filha...

    Na capelinha da aldeia, lugubremente, começou o sino a dobrar a finados...

    De pé ainda sobre a barranca, louco, o velho, com os olhos desmesuradamente abertos, fitava a neblina que além subia da cachoeira e repetia baixinho, muito baixinho: - Matei-a... matei-a..."

Marques Júnior


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    Texo originalmente publicado na edição do dia 6 de março de 1907 do jornal O Commercio.

Fonte:

https://historiadecachoeiradosul.blogspot.com/2014/12/serie-historias-populares-cachoeira.html#comment-form


#lendasurbanas #lendasdecachoeira #lendadacachoeira #historiaspopulares #cafevideo

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Lendas: Sobrado Mal-Assombrado

 Quinto episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje trata da lenda mais famosa do município, a casa mal assombrada. 


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    Entre tantos locais supostamente amaldiçoados em Cachoeira, este certamente é o mais memorável. Na Volta da Charqueada, rua quase isolada do restante da cidade, existe um antigo sobrado. Quem o vê, não pensaria que há um século atrás pertenceu à família mais conhecida do município, os Soares de Barcellos. Especificamente, se tratava de uma chácara do Coronel David Soares de Barcellos, o indivíduo que mais vezes ocupou o cargo de prefeito. Ele, juntamente com sua esposa, Alzira Águeda, e seus 24 filhos, muitos dos quais tinham vocação para música. Desta família, iclusive, saiu um reconhecido maestro, Alcindo Barcellos.

    Havia também Maria Alzira, moça com certa aptidão para o piano. Esta faleceu precocemente, em agosto de 1903 aos 18 anos. Tendo falecido tão jovem, e sendo filha de uma importante personalidade da época, sua morte deve ter causado comoção na comunidade local, gerando misteriosas versões a respeito do ocorrido.

    Os diversos relatos existentes desde aquela época, misteriosamente coincidem, mesmo vindo de diferentes pessoas ao longo dos anos. Muito se fala a respeito de vozes e vulto em diferentes locais. No entanto, o fenômeno mais conhecido é o som do piano tocado pela jovem que teve sua vida por lá. Às vezes, rezam as lendas, é possível ouvir a misteriosa melodia do instrumento. E mesmo nos dias atuais, as histórias continuam a perturbar o imaginário da população. 


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    A título de curiosidade, em dezembro de 2012, a equipe do "Visão Paranormal" esteve em Cachoeira do Sul para investigar as assombrações em torno do sobrado mal-assombrado, assim como no Paço Municipal. Eles se denominam com o primeiro programa de caça-fantasmas do Brasil, chegando a aparecer, inclusive, no talk-show "The Noite", transmitido pelo SBT. "Gravamos passos e os medidores do CEM (aparelho detector) acusaram a presença de fantasmas", relata a descrição do vídeo (parte 3 de 4).



Fontes/Sugestões de leitura: 

https://www.revistalinda.com.br/secoes/12/2149

https://www.youtube.com/watch?v=pLbp96PnL_k

https://www.youtube.com/watch?v=K2-wkBBunKc


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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Lendas: O Surgimento do Arroz

    Quarto episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. Fugindo um pouco do tema, hoje se traz a lenda do arroz. Apesar de não ser um conto de terror, serve como uma pequena curiosidade dentro do repertório de lendas de Cachoeira.


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    Conta-se que, em 1637, quando os bandeirantes de Raposo Tavares devastaram o atual município de Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, destruindo todos os aldeamentos indígenas que os Jesuítas haviam fundado, conseguiu sobreviver apenas um jovem índio chamado Tuti.

    Desesperado com a perda dos seus pais e de sua morada, Tuti sentava-se à margem do Rio Jacuí e via ali noites e dias nascerem e morrerem.

    O índio chorava. Chorava de fome, chorava de dor, e de saudades.

    E tudo parecia chorar com ele; o sol era pálido, a noite era negra, as florestas haviam se curvado e as águas endoideceram.

    Seis sóis eram passados. Tuti, sentado no mesmo lugar, broqueado de fome e de dor, com a face chicoteada pelo vento e os olhos cravados ao céu, como a pedir clemência, enxergou um vulto.

    Neste momento tudo cessou. As águas continuaram enfurecidas, mas em profundo silêncio, o vento adormecera nas moitas e no céu, como que prevendo felicidade, a lua sorria.

    Sobre as águas, o vulto aproximava-se de mansinho.

    Vulto de mulher, trazia em suas vestes a cor do rio com todos os seus peixes, a cor do céu com suas estrelas, a cor das matas com suas aves.

    Trazia o sol em seus cabelos, e seus olhos luziam como diamantes.

    Deixando rastros luminosos nas águas enfurecidas do rio, aproximava-se mais e mais, até chegar frente ao índio desconsolado.

    Então, falou-lhe:

    – Tenho aqui em minhas mãos a semente que saciará a tua fome e de todos que virão.

    Tome-as.

    Eu as recolhi de tuas próprias lágrimas caídas no rio.

    Dizendo isto, o vulto luminoso deixou escorrer de suas mãos uns poucos pingos dourados, os quais o índio, com gestos selvagens, colheu.

    O vulto sumiu. Um violento temporal desabou.

    O índio de tão fraco desmaiara, apedrejado pelo granizo caído do céu.

    E as sementes foram levadas pelas águas.

    Após noites e dias de chuva, quando o sol, radiante, voltou, Tuti encontrou uns cachos, já dourados, com as sementes.

    Colheu-os, preparou-os e saboreou.

    Era uma plantinha frágil, mas que lhe dera muita vitalidade.

    Hoje chamamos esta plantinha-ternura de ARROZ.

    E para maior mistério, à meia-noite, às margens do Rio Jacuí, há um profundo silêncio, embora as águas desçam endoidecidas.

    Isto, talvez, em homenagem à Deusa das Águas, que saciou a fome de Tuti e nos semeou o arroz.

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    O texto acima foi originalmente escrito por Elisabeth da Silveira Lopes e publicado pelo Jornal do Povo na edição de 10 e 11 de setembro de 2005.

Fonte: 

Jornal do Povo – 10 e 11/9/2005 – página 13 / http://www.guiacachoeira.com.br/?url=151


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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Lendas: Incêndios Sinistros

      Terceiro episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje é uma notícia que circulou na cidade a respeito de um fogo paranormal.

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    Em 2014, incêndios misteriosos foram noticiados pela mídia local de Cachoeira do Sul. Existem rumores de que em um casa no centro de Cachoeira do Sul, na esquina das ruas Andrade Neves e Liberato Salzano, já ocorreram noves incêndios consecutivos sem nenhuma explicação. De acordo com reportagem da Rádio Fadango, uma emissora da cidade, um padre, que preferiu se manter anônimo, destacou a falta de lógica em uma flor de plástico simplesmente pegar fogo do nada. Além do mais, recomendou que se trouxesse um padre parapsicólogo para investigar o ocorrido.

    Capitão Lunardi, do Corpo de Bombeiros, também foi solicitado pelos jornalistas para falar sobre o caso. De acordo com o mesmo, este é um fenômeno anormal. O Corpo de Bombeiros informa que não é possível constatar se a origem do fogo se deu por  curto circuito, gás ou outro motivo.

    Atualmente, a casa se encontra desabitada.

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Fonte:

https://lobogotico7.wordpress.com/2015/12/31/o-fogo-misterioso-em-cachoeira-do-sul-rs/

https://www.revistalinda.com.br/secoes/12/2149


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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Lendas: O Fim de Cachoeira do Sul

     Segundo episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje é a Lenda das Sangas da Inês e da Micaela. Uma típica estória de apocalipse, comum no folclore de várias cidades.

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Fonte: Jornal do Povo

    Não é nenhuma novidade dizer-se que cada cidade, cada lugarejo, cada sítio tem suas lendas: umas verdadeiramente interessantes e poéticas outras despidas destes requisitos, revelando crendices mais ou menos bárbaras dos primitivos povoadores desses lugares.

    Esta que vamos contar, ou melhor, dizer como no-la contaram, está muito longe de pertencer à classe da lenda de Psiquê e de tantas outras que fazem “o encanto de quem as lê”, ou dos que as ouvem da voz da tradição. Esta, dizemos, é uma lenda essencialmente rústica, que nada mais pode despertar senão o sabor de ouvir o relato das coisas passadas.

    O nosso interlocutor – não importa saber-lhe o nome – é naturalmente uma pessoa antiga, amante de coisas antigas. E vem daí o reter ele (ou ela) na memória o que dizem, desde os tempos idos, dessas duas sangas que, lançando-se no Jacuí, limitam, pelos lados Leste e Oeste, a colina em que atualmente se estende a cidade da Cachoeira.

    Ouçamos a narração:

    “Ali entre a Bica e o rancho onde residiu e morreu o velhinho João Rabequista que, quando não pôde mais pescar saía a tocar uma velha rabeca para ganhar a vida, era o ranchinho da Inês, viúva, segundo dizem, de um português em cuja companhia viveu por dilatado tempo numa constante e bem compreendida harmonia, descontados apenas alguns bate-bocas terminados em pontapés. Mas como tudo neste mundo tem um fim, mais hoje, mais amanhã, o seu velho, homem mais robusto e ativo agenciador da vida, apareceu um belo dia atacado de uma doença esquisita, a modos que enfeitiçado; e não houve remédios caseiros nem benzeduras que impedissem o seu Manoel entrar a definhar a olhos vistos, até que uma noite quatro velinhas bruxuleantes iluminaram-lhe o caminho da posteridade.

    Ninguém pôde explicar, senão pelo feitiço, a natureza da moléstia que o matara, ainda os mais entendidos na arte de curar daquele tempo.

    De sua junção com a preta Inês não ficou prole; e isto acrescentou sobremodo a desolação da pobre que, só e abandonada, deixou-se tomar de grande acabrunhamento; e então, às horas sombrias carpia suas mágoas, divagando pelas margens da sanga que, a esse tempo, eram revestidas de árvores, não contando algumas clareiras resultantes dos caminhos abertos pelos moradores do sítio e das devastações dos lenhadores.

    Um dia, já ao escurecer, Inês sentara-se ao portal de seu velho rancho, e, pensando no passado, recordava-se que antes do seu homem enfermar e bater asas para o outro mundo notara, diversas vezes que, no silêncio da noite, uma coruja muito grande, muito grande, pousava sobre tocos carcomidos em derredor do rancho e soltava pios agourentos e lúgubres.

    E assim absorta e passando em revista na mente doentia todos os fatos que pudessem explicar a causa do desandar de sua sorte, ouviu uma voz saída das sombras, que assim dizia:

    - Não se apoquente, siá Inês; nesta vida não valem tristezas; o que vale é a gente saber d’onde veio o mal e tratar de dar-lhe remédio. Olhe, o seu homem não era nenhum santo, e foi por isso mesmo que a sirigaita da Micaela deu-lhe as coisas ruins para beber de que veio a enfermar e morrer.

    E uma sombra passou-lhe diante dos olhos, sumindo-se na treva.

    A pobre criatura tomou-se de tal pavor que nada mais fez que recolher-se para o interior do casebre, passando, porém, a noite em claro, atormentada pela revelação misteriosa da qual resultava uma amarga desilusão e uma funda irritação contra Micaela.

    - Mas, quem era essa Micaela?

    - Pouco abaixo do lugar que se conhece por Santa Josefa – continuou a narração – existiu antigamente um casinha à margem esquerda da sanga situada ao lado Leste da cidade, que muita gente conheceu habitada por uma cabocla, - dizem que de muita figura, a quem davam o nome de Micaela, cuja vida era cercada de certo mistério e cheia de acidentes. Daí é que vem o nome de Sanga da Micaela, da mesma forma que Inês deu o nome à outra.

    Mas como ia dizendo, Inês, extremamente abalada por aquela noite mal passada, resolveu, logo ao amanhecer, ir à Aldeia, onde decerto colheria explicações sobre o que lhe acontecera; e sucedeu que ali chegando não faltou quem não estranhasse a sua cegueira em relação aos fatos ocorridos entre Micaela e seu finado companheiro, os quais ao princípio muito amigos, como todo o povo sabia, tornaram-se depois inimigos por causa de umas coisas que se meteram na cabeça da cabocla que, por sinal, era bem boa bisca.

    Desde essa manhã a boca da Inês incendiou-se contra Micaela, da qual, daí em diante pôs todos os podres na rua, os que tinha e mais ainda os que não tinha.

    Sabedora disso, a cabocla pagou-se na mesma moeda. Finalmente, sempre que se avistavam era um bate-boca interminável! Certo dia, pegaram-se à unha com tanto encarniçamento que, se não apartassem, estrangular-se-iam uma à outra.

    Passaram os tempos; mas como ódio velho não cansa, à medida que o tempo corria mais se azedavam aquelas rivalidades.

    Assim passaram os anos até que Inês, muito velhinha e já quase em estado de fantasma, veio uma noite a falecer perto da Bica, praguejando até ao seu último alento contra sua odienta inimiga. Pouco lhe sobreviveu a cabocla, morrendo também em estado de extrema pobreza e abandono.

    Toda esta história vem para dizer, meu senhor, que após o desaparecimento dessas duas mulheres, entraram a aparecer as almas delas quase todas as noites nas respectivas sangas, viradas em fantasmas, empenhadas ambas no trabalho de, com as unhas, solaparem as terras das margens – cujas terras as enxurradas andam levando para o rio desde aquele tempo até agora.


Sanga da Inês

    Parece que com isto as sangas querem se encontrar para se devorarem mutuamente, continuando a vontade dos seres extintos.

    Como se vê, a sanga da Inês, que começava da Bica e era muito estreita, está num socavão imenso e já está no ponto de tragar a volta da estrada do Seringa, ao mesmo tempo que vai avançando para o dorso da colina onde, daí a pouco, as casas da cidade se precipitarão ao abismo que a alma da Inês está cavando a seus pés.

    Pelo outro lado, a da Micaela vai fazendo a sua tarefa, talvez com maior empenho. Haja vista o que ela tem feito pela altura do Lava-pés. Não há paredões de pedra que bastem a obstar as deslocações das terras corroídas pelas unhas da Bruxa.

    Se a engenharia se descuidar, a cidade será igualmente arrastada ao abismo também por esse lado.

    Por isso é que o povo diz que quando as sangas se encontrarem, a Cachoeira se acabará.

“Das Crônicas”

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    A crônica foi retirada da edição 976 do extinto jornal O Commercio, publicada em 14 de agosto de 1918. O texto foi expirado em uma antiga lenda existente desde meados do século XIX, e baseada em uma pessoa real. A Inês, citada na estória, residia (foto ao lado) próximo a sanga que leva seu nome, ao mesmo desde 1820. Quanto à Micaela, não há registro de sua existência. Sendo assim, fica o questionamento sobre o quanto desta lenda é real.



Fontes/ Sugestões de Leituras:

https://www.jornaldopovo.net/noticia/A-lenda-das-sangas-de-Cachoeira-agnh

https://historiadecachoeiradosul.blogspot.com/2016/01/a-lenda-das-sangas-da-ines-e-da-micaela.html


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Lendas: O Fantasma da Criança Errante

     Primeiro episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje é a Casa de Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha, localizada na rua Sete de Setembro, e os acontecimentos que rondam esta edificação.

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    Ao longo de sua história, o prédio foi sede de diversas associações diferentes, mas seu objetivo inicial era ser a residência do ilustre Dr. Balthazar de Bem. Mesmo nos dias autais, mantém seu estilo luxuoso, marca do desejo de ser um pequeno palácio da importante família cachoeirense. Concluída em 1917, foi utilizada por apenas sete anos. O motivo? Talvez uma suposta maldição naquele terreno...ou quem sabe na própria cidade. 
    Afinal, é de conhecimento (e indignação) da população local, que Cachoeira deveria ter sido um importante município do Rio Grande do Sul. Nos tempos de outrora, foi o principal reduto da região central do estado, atingindo seu ápice econômico na primeira metade do século XX. Mas algo ocorreu no meio do caminho. Após décadas de glamour das elites, trazido pelo sucesso agrícola, especialmente n oque se refere ao arroz, uma onda de tragédias e fracassos acometeu a indústria local. A peste de gafanhotos na década de 1930, a enchente de 1941, entre outros tantos acontecimentos inexplicáveis.
    Não foi diferente para a família de uma das figuras mais relevantes da história da cidade. Em 1924, a filha mais velha de Marina e Balthzar veio a falecer. Não se sabe a razão do obito, mas o que se tem certo é que eles se mudaram para um imóvel nos fundos do terreno, de frente para a rua Saldanho Marinho. Porém, naquele mesmo ano, o doutor também viria a falecer, levando ao restante da família a se mudar definitivamente para Porto Alegre, deixando a isolada e misteriosa Cachoeira para trás.

Dr. Balthazar de Bem e sua família

    Um século se decorreu e muitos proprietários passaram pela edificação. Ao longo destes anos, inúmeros relatos de pessoas que trabalharam no local falam de aparições de uma suposta criança, vagando pelos corredores. Trata-se uma pré-adolescente, de laço na cabeça e roupas típicas dos primórdios do século. Tal visão é acompanhada de sons de piano e livros que amanhecem jogados ao chão. Seria a filha de Balthazar de Bem? Estaria presa à sua antiga moradia, assim como Cachoeira do Sul está presa a um passado de glórias que jamais retornará?

    Seja como for, a primeira parte da história é comprovada por documentos, com s data da mudança sendo próxima a da perda, embora não se saiba se este foi ao certo o motivo de a família ter saído da antiga residência. Como curiosidade, existe uma rara foto da família reunida, em que aparece uma criança com um grande laço na cabeça, tal qual relato nas lendas fantasmagóricas. O mistério permanece....

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    Postagem baseada em texto publicado na versão digital do Jornal do Povo, na seção "Blog do Mistério", disponível em "https://www.jornaldopovo.net/noticia/uma-historia-de-misterio-em-cachoeira-do-sul"

Outras fontes:
http://historiadecachoeiradosul.blogspot.com
http://www.museucachoeira.com.br
http://arquivohistoricodecachoeiradosul.blogspot.com

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Cachoeira do Sul: uma cidade misteriosa

    Fundada há mais de 200 anos, Cachoeira do Sul, cidade localizada no frio extremo sul do país, carrega consigo uma longa história. E sendo um assentamento tão antigo (o quinto do estado), inegavelmente possui mistérios e lendas. Muitos dos quais, jamais encontrarão respostas, pois estas já se perderam com o tempo. Assim como, as águas do Jacuí também hão de carregar as memóriasde de todos os que vivem ou  viveram nesta cidade.


    Esta, é a primeira postagem da série: Cachoeira do Sul - Lendas e Mistérios. A cada semana, um relato diferente, cuja veracidade cabe ao julgo do leitor, acreditar ou não nestas palavras.




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