quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Lendas: O Fantasma da Criança Errante

     Primeiro episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos  desta cidade. O tema de hoje é a Casa de Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha, localizada na rua Sete de Setembro, e os acontecimentos que rondam esta edificação.

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    Ao longo de sua história, o prédio foi sede de diversas associações diferentes, mas seu objetivo inicial era ser a residência do ilustre Dr. Balthazar de Bem. Mesmo nos dias autais, mantém seu estilo luxuoso, marca do desejo de ser um pequeno palácio da importante família cachoeirense. Concluída em 1917, foi utilizada por apenas sete anos. O motivo? Talvez uma suposta maldição naquele terreno...ou quem sabe na própria cidade. 
    Afinal, é de conhecimento (e indignação) da população local, que Cachoeira deveria ter sido um importante município do Rio Grande do Sul. Nos tempos de outrora, foi o principal reduto da região central do estado, atingindo seu ápice econômico na primeira metade do século XX. Mas algo ocorreu no meio do caminho. Após décadas de glamour das elites, trazido pelo sucesso agrícola, especialmente n oque se refere ao arroz, uma onda de tragédias e fracassos acometeu a indústria local. A peste de gafanhotos na década de 1930, a enchente de 1941, entre outros tantos acontecimentos inexplicáveis.
    Não foi diferente para a família de uma das figuras mais relevantes da história da cidade. Em 1924, a filha mais velha de Marina e Balthzar veio a falecer. Não se sabe a razão do obito, mas o que se tem certo é que eles se mudaram para um imóvel nos fundos do terreno, de frente para a rua Saldanho Marinho. Porém, naquele mesmo ano, o doutor também viria a falecer, levando ao restante da família a se mudar definitivamente para Porto Alegre, deixando a isolada e misteriosa Cachoeira para trás.

Dr. Balthazar de Bem e sua família

    Um século se decorreu e muitos proprietários passaram pela edificação. Ao longo destes anos, inúmeros relatos de pessoas que trabalharam no local falam de aparições de uma suposta criança, vagando pelos corredores. Trata-se uma pré-adolescente, de laço na cabeça e roupas típicas dos primórdios do século. Tal visão é acompanhada de sons de piano e livros que amanhecem jogados ao chão. Seria a filha de Balthazar de Bem? Estaria presa à sua antiga moradia, assim como Cachoeira do Sul está presa a um passado de glórias que jamais retornará?

    Seja como for, a primeira parte da história é comprovada por documentos, com s data da mudança sendo próxima a da perda, embora não se saiba se este foi ao certo o motivo de a família ter saído da antiga residência. Como curiosidade, existe uma rara foto da família reunida, em que aparece uma criança com um grande laço na cabeça, tal qual relato nas lendas fantasmagóricas. O mistério permanece....

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    Postagem baseada em texto publicado na versão digital do Jornal do Povo, na seção "Blog do Mistério", disponível em "https://www.jornaldopovo.net/noticia/uma-historia-de-misterio-em-cachoeira-do-sul"

Outras fontes:
http://historiadecachoeiradosul.blogspot.com
http://www.museucachoeira.com.br
http://arquivohistoricodecachoeiradosul.blogspot.com

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