Novo episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos desta cidade. O tema de hoje trata de outra versão da trágica história de uma santa popular, não canonizada pela Igreja Católica.
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Josefa era uma moça escrava, muito linda e muito religiosa, que pertencia a um rico senhor, em Cachoeira do Sul. Este vivia perseguindo a jovem negra em busca de seus amores. Pura como era, Josefa resistia a tudo, até mesmo diante das ameaças de morte que vinha recebendo.
Um dia, o patrão enlouqueceu de desejo: botou-se na moça com toda a fúria, mas Josefa fugia e lutava em defesa de sua honra. Vai daí o patrão começou a bater nela, com socos e pontapés, até que Josefa morreu.
O homem então, simplesmente mandou abrir uma cova e aí enterrar a escrava virtuosa. Loucos de medo, os outros escravos cumpriram a ordem. Mas - coisa estranha! - com o passar dos dias começou a escorrer sangue do túmulo rústico de Josefa. A terra vertia sangue! Os escravos, primeiro, e outros, depois, deram em acender velas em memória da morta e diz-que o próprio patrão, com o tempo mandou erguer uma capelinha.
Hoje, bem no centro da bela e imponente Cachoeira do Sul ergue-se a capela da Santa Josefa e atrás, no pátio dos fundos, está seu túmulo. Talvez não verta mais sangue, reconhecida que foi a sua pureza e religiosidade, mas atende os pedidos que lhes fazem milhares de crentes, que vem até de longe. Escrevem bilhetes para a Santa Negra, que deixam sobre o túmulo, apertado por um vaso ou uma pedra.
O túmulo, mesmo, está sempre limpo e enfeitado. Ao receberem a graça pedida, os crentes colocam placas - inúmeras! no local, cheios de gratidão e fé.
Antonio Augusto Fagundes
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Fontes:
https://gracieladacunha.blogspot.com/2008/03/santa-josefa.html
https://librumsite.wordpress.com/2016/06/16/josefa-uma-historia-de-fe/
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