quarta-feira, 19 de março de 2025
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quarta-feira, 12 de março de 2025
O Incidente Naruto
Em 2008, o anime Naruto estava em seu auge no Brasil, época em que era exibido pelo SBT. Era uma verdadeira febre, muito graças a essa transmissão em TV aberta. Porém, já havia um ano de hiato, tendo em vista que o programa era exibido diariamente. Hiato este que só seria interrompido com a estreia da terceira temporada em março de 2009.
O que ninguém esperava era que um suposto episódio inédito iria passar no canal de forma aleatória, em algum dia perdido de 2008. Mas este não seria um episódio comum, mais parecendo uma versão mal editada com cenas que ainda não haviam estreado. De começo, parecia que a fita do SBT estava com algum tipo de defeito. A abertura foi exibida com algumas falhas, mas nada que realmente atrapalhasse.
O episódio inicia com o terceiro Hokage na luta que teve contra Orochimaru no Arco de Invasão de Konoha. Tudo estava em japonês, e sem legenda ainda por cima. Parecia que alguém tinha invadido a programação da emissora e colocado um episódio diretamente da internet. Enfim, após o Terceiro Hogake morrer e cair no chão, o som ficou inesperadamente mais alto. A tela cortou para preto, e assim ficou por alguns segundos.
De repente, o olho de Itachi apareceu na tela. Ele abriu, e era possível ver que este estava vermelho sangue. Ouço a voz do Uchiha dizendo "Mangekyo Sharingan!", ou algo do tipo. E com isso, a noite, se tornou alaranjando, e as nuvens passaram a se mover rapidamente. Parecia que tudo estava com algum tipo de filtro negativo.
A cena muda para um local que não consegui identificar, ao que parece era uma vista de algumas casas na Vila da Folha. Hiruzen olhava para o horizonte, parecia sério e preocupado, talvez até deprimido. O cenário estava todo avermelhado, combinando com sua vestimenta de Hogake. Esta iluminação me perturbava de alguma forma, parecia algo mais amedrontador que o esquema de cores padrão. Talvez pela má qualidade da fita, mas seja como for, me perturbava. E para piorar esta atmosfera sangrenta, se soma o fato de esta cena não passava nunca. Foram longos segundos de praticamente nada.
Alguns flashbacks foram jogados na tela, como se o Hokage estivesse se recordando de algo. Podia se ver o massacre da Vila Uchiha, mas não exatamente da forma que eu lembrava. Não havia a típica trilha do anime, e no lugar era reproduzido um áudio invertido. O flashback terminava com Itachi caminhando ameaçadoramente em direção à tela.
Após mais uma longa espera com o Hokage olhando seriamente para a paisagem, inesperadamente Itachi apareceu atrás dele. A cena cortou rapidamente para um fundo preto. A esta altura, todo este episódio mais parecia um sonho do que realidade. A forma como os acontecimentos se desencadeavam, quase que aleatoriamente, conferiam uma atmosfera onírica a toda situação.
Vários olhos com Sharingan apareceram em meio ao fundo preto, girando indefinidamente. A cena cortou para um céu alaranjado com várias nuvens passando rapidamente. E como se isto já não fosse desconfortável o bastante, a imagem enegrecida do Terceiro Hokage surgiu, olhando reto, quase encarando a quarta parede, mas com a cabeça um pouco abaixada. A sua imagem era tão escura que quase parecia uma silhueta. Seu olhar mal podia ser visto, e transmitia um ar deprimido.
Uma voz masculina grave podia ser ouvida, e dizia coisas incompreensíveis. Acredito que estavam em japonês. Após mais algumas falhas, a imagem novamente sumiu. Desta vez, o episódio havia sido interrompido. Podia se ver o retorno ao Bom Dia e Cia, com Yudi e Priscila agindo normalmente, como se nada tivesse acontecido. Após a transmissão congelar mais uma vez, desliguei a televisão.
Estranhamente, nunca mais vi nenhuma menção a isto. Nenhum conhecido, usuário de internet, ou qualquer outro que seja, conseguem se recordar do que relatei, como se realmente nunca tivesse ocorrido.
Quer dizer, quase ninguém. Ao pesquisar em fóruns da época, encontrei alguém que confirmou minha história, inclusive alegando que sabia o significado das últimas falas do episódio. De acordo com ele, se tratava de uma voz semelhante à voz original do Itachi, esta dizendo o seguinte: "Você não está morto, viverá para sempre em meus pesadelos. Você foi chamado deus dos shinobis, agora eu serei seu deus pela eternidade".
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quarta-feira, 5 de março de 2025
Lendas: Santa Josefa (parte 3)
Nono episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos desta cidade. Hoje, se finaliza a lenda de Santa Josefa, através de um rápido resumo das demais versões do relato e algumas curiosidades.
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
Lendas: Santa Josefa (parte 2)
Novo episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos desta cidade. O tema de hoje trata de outra versão da trágica história de uma santa popular, não canonizada pela Igreja Católica.
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
Lendas: Santa Josefa (parte 1)
Oitavo episódio de "Cachoeira do Sul: Lendas e Mistérios", série do blog dedicada a trazer relatos misteriosos dos mais de 200 anos desta cidade. O tema de hoje trata da trágica história de uma santa popular, não canonizada pela Igreja Católica. Abaixo, se encontra uma das versões da lenda.
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Era a santa dessa raça votada ao sofrimento e à miséria, que o grilhão da cor acorrentara ao cáucaso da ignomínia. Negra e escrava. Eram-lhe condições sobejas de martírio, se lhe não fora a vida perene dor.
Uma lenda, vagamente sabida, quase esbrumada nos tempos, destaca-a do fundo escuro do passado, com resplandores iriados de santidade. Sofreu muito e o povo canonizou-a. Não teve no cemitério santo um lugar, ou na obscuridade da vala comum um canto; mas ali, junto da cidade, quase dominando-a do alto, cercam-na todas as noites dezenas de velas, erguem-se, de redor de seu túmulo, as plangências litúrgicas das ladainhas na vocação religiosa daquela alma de santa que lá nos céus, piedosa e meiga, estende para Deus os braços impetrando graças divinas.
Santa Josefa é um símbolo. Entrou na crendice popular nessa época terrivelmente bárbara em que o azorrague (açoite) do feitor abria, na noite profunda da epiderme negra, relâmpagos faiscantes de sangue.
O martírio deu-lhe santidade. E através de quase um século de adoração, hoje como outrora, todas as noites, os terços intencionais, sob a pálida chama tremulante das velas, sobem de ao pé dela, nas litanias (ladainhas) sagradas de um fervor cultual.
Contam-se os milagres. O túmulo que cerca a nesga de terra em que seu corpo jaz, e o penhor de satisfeita promessa. Graça nenhuma se lhe pede que a santa piedosamente não venha socorrer. É perante Deus a intermediária do povo. Não só da massa alheia de crendices e superstições, mas até dos cultos, a quem não nega o cumprimento de votos impetrados. Pois há até quem, de longes léguas, mande buscar o sebo das velas que alumiam a Santa, o qual é infalível para reumatismos...
Quantas vezes na meninice não desfiei padres-nossos junto às gradezinhas do túmulo em que a Santa dorme?
Venerava-a, sem conhecê-la. Era uma negra que ficou santa, diziam. A lenda feita em torno de seu martírio e de sua morte era e é quase desconhecida.
Adoram-na pela simples razão de que três gerações já a cultuaram.
Sua história é simples.
Josefa era escrava de um tal Costa que morava à Rua Moron, onde reside a família do finado Júlio Rosa. Seu senhor, homem mau, de uma perversidade sem nome, levava dia e noite a maltratá-la.
Não satisfeito já com as contínuas vergalhadas que marcavam o corpo da infeliz, em uma sexta-feira de Senhor Morto, Costa mandou que ela fizesse uma tachada de sabão. Pronta, não ficando a tachada a seu gosto, atirou-a dentro, queimando-se Josefa horrivelmente. Salvou-se por milagre e quando se pode levantar, em uma das vigas do quarto em que dormia, enforcou-se. Os suicidas não podiam ser enterrados no campo santo e Josefa o foi no local onde hoje se acha o seu túmulo.
Passados anos um cão, cavando a terra em que ela fora sepultada, descobriu-lhe um braço. Estava mumificado. Corre a notícia célere. O povo acode. É o milagre. A terra não comera as carnes da infeliz: até a terra lhe negava o supremo consolo de consumir-lhe os ossos!
O povo santificou-a. E ela vem até nós, há quase um século, trazida pela crença onisciente do povo, o seu santificador. As gerações têm passado sobre ela, respeitando-a e venerando-a.
É para nós, que não temos a ventura de crer, uma tradição simbólica da terra. E amamo-la porque ela será, quando a cidade remodelada e modernizada arrasar os últimos vestígios do passado, o refúgio da tradição cachoeirense, a ara (altar) velha do templo em ruínas do passado em que iremos comungar com essa raça forte, afetiva e infeliz que terá naquele túmulo o pedestal de seu martírio.
O município acaba de comprar o terreno em que está o túmulo da “Santa Josefa”, a fim de abrir ali avenidas amplas e modernas. Façamos nós, o povo que zelamos tradições, que cremos na “Santa Josefa” uma subscrição popular para erigir-lhe uma modesta capela, de que seja a padroeira a verdadeira Santa Josefa (já que a Igreja não admite a nossa), conservando porém, no fundo dessa capela, aquele pequeno túmulo, com a sua doce simplicidade primitiva de santuário.
João da Ega
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Texto retirado da edição de 16 de novembro de 1911 do Jornal Rio Grande.
Fontes:
https://historiadecachoeiradosul.blogspot.com/2014/10/santa-josefa-nascimento-da-lenda.html
#lendasurbanas #lendasdecachoeira #santajosefa #cafevideo #santapopular
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
O Outro Lado
Pessoas estranhas, lugares estranhos, situações estranhas. Tudo tão estranho e familiar ao mesmo tempo. Como se tudo aquilo já tivesse ocorrido. Um eterno déjà vu.
A propósito, temos um novo vídeo no nosso canal: "O Outro Lado". Um curta sobre uma garota que desperta em uma sala de aula, sem se lembrar como foi parar lá, ou o que ocorreu antes. Confira:

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Oi, meu nome é Samara
Copypastas, para quem não sabe, são mensagens repassadas de pessoa para pessoa. Correntes de e-mails assustadores são um bom exemplo de copypasta. Eram comuns nos primórdios da internet, quando viam geralmente acompanhadas de imagens assustadoras. Uma das mais populares dos anos 2000 foi a corrente da Samara, publicada pela primeira vez em 2007 no Orkut. Segue abaixo uma reprodução da mesma:
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“Oi, meu nome é Samara, tenho 14 anos (teria se estivesse
viva), morri aos 13 em Cascavel-PR. Eu andava de bicicleta, quando não pude
desviar de um arame farpado. O pior foi que o dono do lote não quis me ajudar,
riu bastante de mim. Após agonizar por 2 horas enroscada no arame, eu faleci.
Através dessa mensagem eu peço com que façam com que eu possa descansar em paz.
Envie isso para 20 comunidades e minha alma estará sendo salva por você e pelos
outros 20 que receberão. Caso não repasse essa mensagem, vou visitar lhe hoje à
noite, assim você poderá conhecer o tal arame bem de pertinho.
Dia 15 de julho, Mariana resolver rir dessa mensagem, uma
noite depois ela sumiu sem deixar vestígios. O mesmo aconteceu com Karen, dia
18 de outubro. Não quebre essa corrente, por favor. A não ser que queira sentir
a minha presença.”
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Obviamente esta “lenda” não possui nada de verídico.
Entretanto, serve como uma reflexão de uma época mais simples, quando as
pessoas tinham medo deste tipo de mensagem. Uma época onde a internet era mais
misteriosa....
#samara #samaracopypasta #copypasta
